5.04.2007

A crítica nacional de música é bem pouco difundida. De fato existem apenas dois que fazem com algum interesse análise de música no Brasil, Álvaro Pereira Júnior (Folha e TV Globo) e Lúcio Ribeiro (iG). O problema é que fazem uma crítica setorizada que se baseia no modo inglês de escrever sobre música. Exaltam apenas um estilo musical, uma única maneira de fazer rock n roll, endeusam os novos artistas, rotulam de novidades releituras e dificilmente recorrem à história da música para fortalecer suas críticas. Entre os dois prefiro o Álvaro. Seus textos são mais sóbrios, sem extensos adjetivos e pouca exaltação groupie de bandas, como é o caso do Lúcio Ribeiro.

O problema é que ambos baseiam-se em bandas que fazem o line-up do Coachella para ouvir, comparar e analisar o mercado fonográfico internacional e alternativo, com o olho inglês da história. Arcade Fire, Fratellis, Arctic Monkeys, Kaiser Chiefs e afins são as favoritas. Fato é que festivais de grande porte nos Estados Unidos não rendem lucros se o headliner não for grandes bandas como Red Hot Chilli Peppers, a reunião do Rage Against the Machine e a Bjork (em menor escala). O Coachella não é alternativo, não é indie. O Coachella é mainstream com máscara indie porque a América, sobretudo a indústria fonográfica, sabe muito bem criar simulacros para vender ídolos os cools indies!

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