I can't believe it the way you look sometimes like a trampled flag on a city street. Esta é uma mensagem saudosista e revisitadora porque tenho certeza que posso contar com os meus amigos nos tempos mais difícies, árduos e áridos. Tenho duas contas de e-mail, uma delas mais recente e outra datada desde os primórdios da internet. Nessa conta, tenho mensagens de 2000, quando estava prestes a entrar na faculdade e Internet banda larga era só um sonho. Tenho e-mails trocados com as mais diferentes pessoas e vez ou outra gosto de ir lá, dar uma olhada nas conversas para tentar lembrar como estava meu estado de espírito, o que pensava e do que gostava. O mais velho que tenho é de 8 de fevereiro de 2000. É uma mensagem trocada com um tal Carlos que trabalhava para o Lagwagon. Ele estava a procura de vídeos da banda para compilar numa coletânea. Eu tinha um show em Campinas (aliás, eu ainda tenho esse registro em VHS, mas não tenho um videocassete para rodá-lo). É a única de 2000, por algum motivo todas as outras mensagens daquele ano foram apagadas e essa permaneceu. Do ano seguinte, são várias. Uma delas de uma namoradinha que tive quando eu tinha 17 anos e ela 15. Três anos depois de findo o pseudo relacionamento, ela me mandou uma mensagem de desculpas por ter acabado comigo.
Relações, mulheres e jornalismo
O engraçado é que a lembrança que tenho dessa passagem na minha vida é que eu tinha acabado com ela, ou melhor, que eu simplesmente parei de me importar e passei para outra "namoradinha de portão". Hoje isso não faz a menor diferença. Ela faz parte de uma memória interessante da minha vida, registrada ou recordada num e-mail escondido na caixa de entrada. Tem também alguns e-mails trocados com o Otto Gonzales, um espanhol que conheci em Nice. Em um deles, intitulado "viva el tequila" de 18 de fevereiro de 2001, ele diz que tinha ido na noite anterior ao Carnaval e que na próxima semana, ele e a namorada Cecília Ortiz iriam a Alicante, sua terra natal na Espanha para comemorar o aniversário. Devo ter trocado umas outras duas mensagens com ele e nunca mais, ficou também relegado a um e-mail das últimas páginas da caixa de entrada. Com a Cecília, até converso ainda, mas cada vez menos. As cartas online já foram muito mais freqüentes do que são agora. Está mais perto o dia de nos limitarmos a lembrar apenas dos aniversários até nos esquecermos completamente e restar apenas um antigo e-mail "empoeirado" no mundo virtual de uma página cuja senha se perdeu há tempos. Mais a frente na minha caixa de mensagens há uma entrevista que fiz com o jornalista Nahum Sirotsky, que vive entre Jerusalém e Tel Aviv. Com ele a única semelhança é a profissão. No final das contas, o que me pergunto é se o Nahum lá em Israel guarda mensagens antigas trocadas poucas vezes através desse computador com pessoas que não fazem a menor diferença, atualmente, na sua vida.
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