4.11.2007

Depois de descobrir que fui extremamente injusto com "ninguém", estou arrependido. Este blog teve sim alguns visitantes nos últimos tempos. Pelo menos três. E digo pelo menos porque além da certeza de que entro aqui, outras duas pessoas deixaram um recadinho: a jups e a carol. Fantástico!

Agora, estou empolgado, estou a imaginar quantos errantes virtuais caminharam por essas bandas nos últimos tempos. Como um dos meus defeitos ou qualidades é a ambição, já estou a achar que periodicamente pessoas entram aqui, lêem meus textos, lêem as parcas poesias, lêem e me julgam. Afinal, não existe um só ser na terra alheio à inquisição, benfeitores ou mau caráteres, todos estão aptos, dispostos e, porquê não, contentes de lançar dúvidas, comentários sobre ao desencadeamento das minhas palavras.

Mas não vou gastar esse post para fazer um libelo contra o julgamento alhures. Vou sim saudar quem ainda perde tempo para entrar nesse blog. Beijos às duas!

E lembro ainda que daqui 18 dias, show do Less than Jake.

Obs: This is the old dude Harry j. Reinolds and you’re listening to LTJ!

4.09.2007

Esse post é para as pessoas não ficarem por aí falando que morri. Até porque estou vivo. Até porque quase ninguém aparece nessa ilha virtual. E devo confessar que usar "ninguém" é uma ofensa ao ente "ninguém". O único que aparece por aqui sou eu quando não tenho absolutamente nada a fazer na Internet. Nada além de ser obrigado a ficar conectado, online, aguardando e aguardando o dia laborial se desenrolar até findar-se.

É o que faço agora. Estava sem nada a fazer quando resolvi por acaso entrar no blog do Mário Bortolotto e me encaminhar ao do Tche. Nada de nada. Vi um post sobre a Juliette Lewis, vi outro sobre uma idiossincrática rotina de um apartamento do centro de São Paulo. A rotina só é idiossincrática quando vivemos ela aos montes, repetindo cenas e cenas até que pequenos detalhes são expostos automaticamente. E ela só é idiossincrática por uma arrogância do autor que pensa uma rotina horrenda, árdua, febril, exaustiva e ofegante. Dói só de ler. E ler dói. Lembro-me de uma passagem em Sandman Vol. 1, no qual o Dr. Destino, John Dee, obriga com o rubi dos Sonhos uma garotinha lésbica a arrancar os próprios olhos com duas adágas e vislumbrar um mundo novo. Ler algumas coisas dói.

A rotina só é especial aos poetas eletrônicos e antiquados. Eu não. Como disse: se você tem a ambição de se tornar rico e burro, 50% do modelo de vida que almeja já foi alcançado. A outra parte provavelmente não conseguirá abraçar porque ser rico cabe a uma minoria extrema no país. Ou se você quer optar por ser pobre e inteligente você também alcançará só 50% porque a pobreza está por todos os lados. Em resumo: você será um classe média metido a besta, intelectualóide, com mais contas do que dinheiro no banco. Provavelmente seu ato de contrição será a exposição da sua rotina burra e idiossincrática.

Tell Everyone We're Dead
Caught without people or drink I don't know what else to thinkbut
I'm going to grow wings and sing,"amen, I'm checking out."
So withdrawing within the drawing room, drawing you.
And remember my memory was a mess when we'd undress near the dresser together
And you'd take me apart.

But then I'd say,"storms are born really far away somewhere west of LA"
where birds have kids like crazy,seagulls and turtledoves.
And remember we'd tell everyone to tell everyone we're dead.
And right now sugar and water will put me down.That's all right.I know.

PS: Acalme-se. Alguém já escreveu o que você está sentindo nesse momento, só que de um jeito mais especial e adequado do que você jamais poderá expressar em palavras.