5.05.2007

Como estou no assunto resenhas musicais. Vou fazer uma crítica da crítica. Ontem li duas análises do último disco do Lifetime, lançado em 6 de fevereiro deste ano pouco menos de 10 anos depois Jersey's Best Dancer.

Fiquei incomodado com ambas exaltarem o fato de a banda ter conseguido "agradar" os fãs por não ter inovado em nada. O disco, segundo dizem os autores, é a sequência do anterior, que poderia ter sido lançado no ano seguinte. Não faria qualquer diferença. Não parece que se passaram dez anos, tampouco que é um disco de "reunião".

"It's almost ridiculous how tight, undeniably catchy and compelling the Lifetime crew sounds ten years, some marriages, and a Ph.D. after the fact", escreve Corey Apar, do site Allmusic.

As críticas caminham através da exaltação e escondem que Lifetime, o disco, como sequência é mediocre. Nem muito bom, nem muito ruim. É um disco de hardcore que poderia ter sido composto por qualquer uma das bandas que estava em alta no cenário de 1997, ano de lançamento de Jersey's Best Dancer.

O ponto positivo é que Ari Katz e grupo não se renderam aos ventos emo que cansaram os ouvidos de qualquer "moleque" de 16 anos. A banda foi genuína, mas passou longe do genial Hello Bastards. É isso: o reunion album Lifetime é só a sequência. Nem parece que o álbum trocou...

1 comentário:

Anónimo disse...

Engraçado você comentar isso.
Tava falando com o Cássio outro dia como eu fiquei surpreso com esse CD.
Quando ele me mostrou Lifetime pela primeira vez eu achei tanto o Hello Bastards quanto o Jersey's Best Dancers meio "tanto faz". Não achei ruim, mas também não apelou ao meu gosto, por algum motivo.
O Lifetime (álbum), por outro lado, me agradou muito mais. Tanto que ouvi ele meio relutante, mas no final fiquei positivamente impressionado. Concordo que seja um som super simples, mas achei mais resolvido (na falta de um termo melhor).