10.23.2004

Eu gostaria de fazer tudo o que quero sem esquecer meus princípios, imaginando-me um super homem. Eu gostaria de fazer tudo o que quero, vesti-la em suas roupas e fazê-la pensar como você, mas o mundo parece ruir aos meus pés. E essa música que insiste em tocar tenta apontar a caminhos mais claros e dar respostas objetivas às minhas confusões. Por não saber o que fazer, gostaria de deixar tudo para trás.
Aqui estou, ficando velho com o passar do tempo e cada vez menos jovem em minha mente. A minha tranquilidade vem nos pequenos momentos de sono em que esqueço que minha cabeça pesa toneladas no travesseiro. O peso do erro em situações cruciais limita o campo inventivo de minha mente. Para abstrair o fardo, a saída é a circularidade. Não desisto, sou teimoso e insistente. Se sinto-me fraco, se sinto que há algo de errado é porque tentei vestir suas roupas nela, porque a fiz ouvir nossa música, porque imaginei que poderia sentir o seu carinho novamente, porque a forcei a me beijar como um dia você me beijou. Você é única, insubstituível e feita com os cuidados que a mão humana não repete duas vezes.
Eu gostaria de fazer o que quero, para nesse momento lhe dar adeus com a certeza e a intranquilidade do erro. Sou induzido a dizer que não posso sentar-me e assistir às nossas vidas passarem. Não sou super homem, sou insípido.

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